sábado, 2 de junho de 2012

DESPERTA AO AMANHECER (C.C. HUNTER) -- VERSÃO APIMENTADA...

Team Derek


Capítulo Catorze


– Derek?! – Seu coração batia na boca. Ela seguiu a trilha de sangue através da sala, até o corredor. Ela levava a uma porta fechada. Kylie agarrou a maçaneta. Trancada.
De repente ouviu um barulho do outro lado da porta.
– Derek?! –gritou. Mais uma vez, nenhuma resposta.
Sem pensar, impulsionada unicamente pelo pânico, deu alguns passos para trás e arremeteu contra a porta. Uma parte foi arrancada das dobradiças e a outra se partiu em dois ou três pedaços, caindo contra o chão do banheiro. Ela se estatelou em cima delas. De cara no chão.
Só nesse momento percebeu que o barulho atrás da porta fechada era o chuveiro. E só então viu Derek, totalmente nu e molhado, puxar a cortina do box, quase arrancando-a do varão.
O corpo dele era firme; os músculos, bem definidos. Instantaneamente uma sensação de calor tomou conta do corpo de Kylie. Algo que ela só tinha sentido com Trey, o ex-namorado, nas sessões de beijos mais quentes.
Ele olhou para Kylie, caída sobre um pedaço da porta do banheiro. Ela olhou para ele... nu em pêlo, segurando ainda a cortina do box. 
– Você derrubou a porta... – Ele falou com naturalidade, mas a descrença na voz era evidente.
– Eu sei – ela respondeu, incapaz de dizer mais alguma coisa. Incapaz de despregar os olhos do corpo dele. Do peito largo, da barriga chata, dos pelos escuros que desciam do umbigo até...
– Mas é madeira maciça.
– Eu... se... sei – A voz dela tremia.
Ela sentiu a madeira maciça embaixo dela e também ficou um pouquinho chocada ao constatar que a tinha derrubado. Se aquilo mudava alguma coisa, ela sentia o ombro meio dolorido. E foi a leve dor que a trouxe de volta à realidade do momento.
– Você está sem roupa... – Ai, meu Deus, ela tinha dito mesmo aquilo? Será que ele conseguia detectar a excitação dela? Seu corpo estava praticamente em chamas. Tudo o que ela queria era entrar com ele no chuveiro, abraçá-lo e sentir cada centímetro da sua pele molhada.
– Eu sei. Costumo tomar banho assim – disse ele com um sorriso maroto.
O rosto dela começou a arder, assim como certas partes do seu corpo...
Como ele não parecia nem um pouco preocupado com a falta de roupas, Kylie achou que talvez fosse dever dela se preocupar. Afinal de contas, ela é que tinha invadido o banheiro e derrubado a porta enquanto ele tomava banho.
Ela virou as costas para ele. Um movimento totalmente inútil e sem sentido, pois não a impedia de ver sua nudez. O grande espelho sobre a pia baixa, que agora ela encarava, lhe oferecia a mesma visão.
Uma visão realmente incrível, devia dizer. Ela já tinha visto homens nus em filmes. Bem, quase nus. E já tinha visto estátuas nuas também. Estátuas belas e detalhadamente esculpidas na pedra, que não deixavam nada para a imaginação. Mas ao vivo era definitivamente melhor. Ai, Jesus, ele estava muito sexy com a pele molhada e sem nada sobre ela. Ela simplesmente não conseguia desviar os olhos daquela parte que só vira em filmes... Imaginou como ficaria quando ele estivesse pronto... Só de imaginar, sentiu um ardor quase doloroso, como se já pudesse pressentir a sensação que lhe provocaria.
Então ela percebeu que, enquanto admirava a vista, ele observava a admiração dela. O olhar dele, através do espelho, estava fixo nos dela. O rubor voltou às suas faces. Ela desviou o olhar do reflexo dele no espelho e se voltou para o próprio tênis justamente quando ele estendeu o braço para pegar a toalha.
Nesse momento ela achou melhor explicar novamente.
– Eu... eu vi o sangue e entrei em pânico.
– É – ele explicou. – Chris me deu uma cotovelada no nariz quando estávamos jogando basquete.
Ela olhou para o espelho para verificar o rosto dele.
– Machucou muito?
– Só sangrou muito. – Com a toalha presa em volta da cintura, ele pegou o jeans no chão e depois fitou-a através do espelho com um olhar entre malicioso e divertido.
– Vou colocar o jeans. Então, se quiser olhar pra baixo outra vez...
Ela fez exatamente isso, e enrubesceu novamente. Então ele não usava nada sob o jeans... Só quando ouviu o zíper subindo que ela olhou para cima. Ele estava mais perto dela agora, quase sobre ela, na verdade, com a mão estendida para ajudá-la. Ela aceitou.
– Está tudo bem com você? – ele perguntou tão logo ela conseguiu ficar de pé.
Ela massageou o ombro.
– Só um pouco dolorida.
– Imagino.
Ele estendeu a mão e tocou no braço dela, e sua mão deslizou lentamente até o cotovelo.
Seu toque era quente e úmido, muito semelhante ao ar no banheiro. Um formigamento subiu pelo braço dela e percorreu seu corpo. Seu olhar acariciou os ombros largos dele, e ela teve vontade de beijá-lo ali, no lugar onde tantas vezes descansava a cabeça.
Deixando escapar um longo suspiro de prazer, ela encontrou os belos olhos verdes dele.
– Por que você veio aqui? – ele perguntou, saindo do banheiro e entrando na primeira porta à direita. Ela o seguiu e estancou quando percebeu que era o quarto dele. Ela o observou tirando uma camisa do armário. Segurou-a em frente ao estômago chato, mas não a vestiu. Ela teve um pensamento maluco de que ele não se vestia porque sabia o quanto ela gostava de admirar seu corpo. Ele parou mais perto dela.
– Por que veio aqui? – ele repetiu.
Concentre-se. Concentre-se. Pare de pensar no corpo dele...
– Para me desculpar. Por ter sido tão idiota hoje à tarde. Eu estava... confusa. Quer dizer, Trey... Ele me enganou e, quando você disse aquilo, eu simplesmente me lembrei do que ele tinha dito. O que ele fez me magoou muito e eu acho que simplesmente projetei tudo em você.
Sem aviso, Derek a puxou de encontro a ele e pressionou os lábios contra os dela. O beijo foi ardente, passional e ela não queria mais que terminasse. As mãos dele apertaram suas costas, a língua deslizava pela sua boca e ela sentiu a excitação dele crescer. A sensação a fez derreter por dentro. Foi ele quem se afastou, não ela. Ela ficou feliz, no entanto, ao ver que a respiração dele estava tão irregular quanto a dela.
Ele a fitou com os olhos pesados, brilhantes de excitação. Era a primeira vez que o via assim. E adorou... A suavidade em seus olhos tinha sido substituída por um brilho selvagem que fazia todo o corpo dela tremer e imaginar como seria saciar toda a fome que via dentro deles. A respiração entrecortada de Derek em sua pele era quente e adocicada. Ela implorou com os olhos outro beijo.
– A resposta é sim. – Os lábios dele estavam úmidos e ainda tão próximos que ela o sentiu sussurrar as palavras contra sua pele.
– Eu... eu não tenho muita certeza de qual foi a pergunta – Kylie conseguiu responder, achando que tinha perdido uma parte da conversa, tão inebriada estava com o beijo.
– A última coisa que você perguntou esta tarde foi se eu queria sexo. Quero deixar bem claro. Eu quero você. Quero tanto que às vezes não consigo pensar em outra coisa. Algumas noites eu acordo e estou tão... – ele deixou a frase incompleta e respirou fundo outra vez. – O que estou tentando dizer é que, embora eu te queira tanto, a última coisa que eu faria é pressioná-la a fazer algo para o qual não está pronta.
– Estou pronta...
Ela pousou a mão no peito dele. E, ai Deus..., era tão bom tocar seu peito nu...
A tentação de pedir que ele fosse em frente, que a levasse para a cama e lhe ensinasse tudo sobre sexo era irresistível.
Ela fitou o peito dele, com receio de que, se o olhasse nos olhos, ficaria outra vez mais corada que uma maçã do amor. Infelizmente, ele segurou seu queixo e inclinou a cabeça dela para trás, forçando-a a olhar para ele.
–Você é linda.
– Você é que é especial – ela sussurrou.
– Nada disso – ele respondeu e riu. – Se eu fosse especial não estaria aqui pensando em como fazê-la transar comigo agora mesmo. Então vamos sair deste quarto antes que eu decida arrastar você pra minha cama.
Ela riu e olhou bem no fundo dos olhos dele. Ele sorriu e deslizou a mão por baixo da camiseta dela, pelas costas nuas, e enlaçou-a pela cintura.
– Essa coisa toda de derrubar a porta foi bem excitante...
– E não o fato de você estar nu? – Ela tinha mesmo dito aquilo? Na mesma hora quis que o chão se abrisse e a engolisse.
– Não, definitivamente foi a cena da porta. Agora, se você estivesse nua... – Ele expirou com força. – Ok, é melhor a gente parar de falar nisso, do contrário...
Mas ela não esperou ele terminar a frase. Beijou-o com ardor. Seu corpo ansiava pelo dele. Naquele exato instante. Ela o queria agora. E confiava nele. Sabia que ele seria doce e carinhoso o suficiente para fazê-la se entregar sem medo, e ousado e impetuoso  para fazê-la perder todo o pudor. Seu instinto lhe dizia que, embora nem tivesse 18 anos, sua natureza e sensibilidade de fae fazia com que ele soubesse instintivamente a dose certa de doçura e paixão.
Derek correspondeu ao beijo com volúpia e, passando os braços em torno da sua cintura, ergueu-a do chão e levou-a até a cama. Sem descolar os lábios, ele deitou-a ali e se acomodou sobre ela, deixando-a sentir o peso agradável do seu corpo. Todo o corpo dela tremia de expectativa. Porque tinha certeza de que não sairia dali virgem...
-- Sonhei tantas noites com isto... Você comigo aqui... – ele disse, afundando o rosto em seu pescoço.
Ela também tinha se imaginado muitas vezes ali, nos braços dele, mas nunca tivera coragem... Num instante, imaginou qual seria a reação da mãe, do padrasto, das amigas, se soubessem que ela estava ali com Derek. A mãe simplesmente surtaria, o padrasto talvez quisesse bater nele e as amigas, bem, as amigas dariam gritinhos de empolgação e exigiriam uma descrição longa e detalhada...
Mas tudo em que ela conseguia pensar agora era nas mãos de Derek percorrendo seu corpo por baixo da camiseta, dos seus dedos trêmulos abrindo o fecho do sutiã, da rigidez sob sua calça jeans. Ele intensificou o beijo, ao ouvir o suspiro profundo dela quando acariciou um dos seus seios. Ela se lembrou da vez em que Trey fizera o mesmo, mas agora o seu corpo não se retraía de medo, insegurança, indecisão. Agora tudo o que ela sentia era o fogo que lhe consumia cada centímetro da pele e que a fazia querê-lo cada vez mais. Ela se sentia, úmida, quente... e pronta.
Ele se afastou um pouco dela e sussurrou em sua orelha, provocando-lhe um calafrio:
-- Tem certeza?... Ainda dá tempo de parar...
Ela o fitou com paixão.
-- Não quero parar...
 Ele então acariciou com a língua a parte interna da sua orelha, fazendo todo o seu corpo estremecer.
-- Ah... Derek...
Ele voltou a sussurrar:
-- Você me deixa louco, Kylie... Sinta...
Ele pegou a mão dela e guiou-a até a parte da frente do seu jeans, pousando-a sobre o membro rígido, enquanto a fitava dentro dos olhos. Ela sentiu a solidez sob a palma da mão e o acariciou com desinibição. Onde tinha encontrado ousadia para acariciar um garoto daquele jeito e observar deliciada enquanto ele fechava os olhos e gemia? Ela própria não estava se reconhecendo... Principalmente ao sentir sua mão abrindo o botão do jeans, baixando o zíper e acariciando-o por baixo da calça, cheia de curiosidade para sentir os contornos da anatomia masculina, a pele quente e macia como veludo, e adivinhar como seria senti-lo dentro de si. 
Ele reagiu com mais ímpeto ainda e a beijou com paixão.
-- Kylie... quero você...
Louco de desejo, ele começou a desabotoar a blusa dela. Depois seu olhar percorreu seu corpo  enquanto baixava as alças do sutiã. Ela não conseguia desviar os olhos dele e só se deu conta quando já estava nua da cintura para cima e ele saboreava cada pedacinho do corpo dela. Seu corpo vibrava ao sentir as mãos dele acariciando seus mamilos rijos, os lábios passeando pela sua pele, seu hálito quente despertando todos os seus sentidos. Simplesmente não conseguia conter os gemidos. Estava entregue, à mercê daquelas sensações, da paixão que sentia por ele, da necessidade profunda que sentia de tê-lo. Não importava o tempo lá fora, as pessoas, os conselhos da sua amiga Holiday. Ela só conseguia sentir o desejo intenso que se avolumava dentro dela.
Quando sentiu os dedos dele por baixo da sua calcinha, ela arregalou os olhos, surpresa com a carícia íntima.
-- Relaxe, Kylie...
Mas em segundos, a excitação aumentou a tal ponto que ela forçou a cabeça para trás e arqueou os quadris. Ele era incrível... Em resposta, ele aumentou o ritmo da carícia. Ela sentiu a cabeça girar e o seu controle se foi.  Ele podia senti-la pulsando e estremecendo sob os seus dedos. O corpo inteiro dela era assaltado por sensações tão intensas que tudo o que ela queria era alívio. E de repente todo o seu corpo estremeceu como se uma corrente elétrica de mil volts a percorresse. A intensidade da sensação a tirou do ar por alguns segundos e ela perdeu a noção de onde estava e de quem era.
Como aquilo podia ser tão bom? Jamais tinha sentido algo assim.

Com a respiração ainda entrecortada, viu quando ele acabou de despir o jeans. Então ajoelhou-se sobre a cama e começou a descer sua calcinha, com os olhos brilhantes fixos nos dela. Sentiu-se molhada entre as coxas e, por um instante, teve vergonha de estar diante dele daquele jeito, trêmula, fraca e ansiosa por conhecer as sensações que o corpo dele produziria nela. Ao vê-lo nu, ela estremeceu ainda mais. Desta vez com um pouco de medo, ao vê-lo abrir a gaveta ao lado da cama e tirar dali uma camisinha. Ela assistiu com nervosismo enquanto ele a vestia, pela primeira vez em dúvida, mas a delicadeza e segurança com que ele afastou suas coxas com os joelhos e se colocou entre elas, sem nunca desviar os olhos, a fez ansiar pelas novas sensações que viriam.
Ele começou a penetrá-la tão lentamente que ela ergueu os quadris em expectativa. A sensação era deliciosa e ela fechou os olhos para usufrui-la melhor, deixando um gemido escapar dos lábios. Movimentando os quadris com um pouco mais de ímpeto, ele a beijou profundamente e arremeteu de repente. Ela sentiu algo se romper dentro dela, algo quente escorrendo e uma forte sensação de ardência que a fez se retrair e abrir os olhos, num sobressalto. Ele parou o movimento por um instante e olhou para ela como se esperando ela se recuperar do susto e da dor, mas logo a ardência foi substituída novamente pelo calor que se irradiava por todo o seu corpo.
Depois de alguns segundos, ao ver o prazer outra vez estampado no rosto dela, ele recomeçou o delicioso vai-e-vem e ela foi tomada por um sentimento de felicidade ao ver a expressão no rosto dele, uma mistura de paixão e desejo incontrolável. Ele aumentou o ritmo dos quadris e em instantes ela o viu enterrar a cabeça nos cabelos dela e soltar um gemido gutural. Sentiu o corpo dele pulsando dentro dela e um contentamento imenso a invadiu.
Por vários minutos eles ficaram ali abraçados, os corpos úmidos de suor, recuperando o fôlego e saboreando a deliciosa proximidade, de corpos e corações. Quando sua respiração voltou ao normal, ela beijos os cabelos dele, acariciou a pele macia das suas costas e sussurrou em seu ouvido.
-- Foi maravilhoso... 
Ele ergueu um pouco a cabeça, só o suficiente para poder olhar nos olhos dela e abriu um sorriso que derreteu seu coração. A atmosfera de contos de fadas a envolvia e ela se sentia inebriada com uma sensação de puro encantamento, como se aquele fosse o único lugar no mundo em que quisesse e devesse estar.
-- Eu te amo, Kylie.
Com aquela frase, ele deu à noite o desfecho perfeito. E ela teve certeza de que tinha tomado a decisão certa. Sua primeira vez tinha sido na hora certa, no lugar certo e com a pessoa certa...


Uma hora depois, estavam sentados no chão da varanda, dedos entrelaçados, olhando o céu. E como em todas as outras vezes em que estavam juntos, a noite parecia saída de um conto de fadas. As estrelas brilhavam como diamantes. As árvores pareciam mais frondosas. A lua, quase cheia, deixava a noite tão clara que ela quase podia ver o rosto dele.
– Posso te  fazer uma pergunta?
– Claro. – Uma ponta de nervosismo agitou o seu estômago. Mas, considerando o quanto eles eram íntimos agora, ela não poderia lhe negar uma resposta.
– Não está arrependida?
-- Pareço arrependida? – ela perguntou, olhando para ele com um sorriso e um olhar carinhoso.
-- Para falar a verdade, parece apaixonada...
-- Pois acertou em cheio... É assim que eu me sinto... apaixonada...



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